segunda-feira, 23 de abril de 2012

Entre uma foto e outra...

Olhando um álbum de fotografias, podemos perceber o quanto é interessante e impressionante. Como podemos registrar não apenas na memória, mas também em papel, momentos que marcam nossa vida. Muitas vezes até vemos entes e amigos queridos que já não estão mais aqui conosco, mas sempre estarão lá nas fotos; sorrindo, nos abraçando, beijando... Nessas horas bate aquela saudade e podemos até nos lembrar da voz e sentir o seu cheiro. Entretanto, o que acho mais interessante nas fotos é que podemos lembrar-nos de momentos de nossa vida que muitas vezes esquecemos. Abrimos o álbum, e logo que vemos a foto, lembramos aqueles momentos vividos ali, quando tiramos a foto, e de momentos próximos àquela foto. Percebemos que sempre nas fotos aparecemos sorrindo, mesmo que seja aquele sorriso forçado, independente do que estávamos passando; sempre achamos o motivo para sorrir. Não podemos deixar que as tristezas da vida tirem o sorriso do nosso rosto.


Precisamos lembrar sempre que somos humanos falhos e fracos. Não somos super-heróis e a vida não é como um jogo, que a qualquer momento teclamos em reset e tudo recomeça. Caímos aqui e ali. Muitas vezes, nessas quedas, ganhamos algumas cicatrizes, porém não podemos permanecer caídos, precisamos nos levantar e seguir em frente, pois a vida continua. Afinal, diz um ditado popular: “é errando que se aprende”. Todavia, não podemos ignorar as nossas quedas. Olhemos para trás, não para ficarmos angustiados, mas olhemos para trás para não cairmos mais ali, naquele buraco que um dia nos feriu. E assim, mais "amadurecidos", avancemos.
Mahatma Gandhi um dia disse: “O futuro dependerá do que fazemos no presente”. Portanto, vamos reagir; não deixemos que o sentimento de derrota, a tristeza e a angústia, nos neutralizem.
As dores do presente nos deixam mais fortes e prontos para o que vem mais a frente. Já percebeu que os lutadores de mma (antigo vale tudo) tem a orelha tipo repolho? As orelhas ficam daquele jeito nos treinos. No começo gera dor, desconforto; vem a vontade de parar por um tempo, para que a orelha possa desinflamar, mas o mestre motiva a não desistir, mas prosseguir com os treinos, pois a recuperação é certa. Afinal, o que importa é a luta. A dor, portanto, é secundária e logo se torna indolor, frente ao principal. Contudo, o atleta só ouvirá seu mestre se estiver ali, em constante contato, se relacionando nos treinos e criando um vínculo de amizade. E é exatamente isso que acontece, o atleta continua os treinos e as orelhas ficam naquele formato estranho, mas estão reforçadas para não quebrar mais as cartilagens.
Em nossa vida, que muitas vezes é semelhante a uma luta de vale tudo, queremos sempre dar o nosso jeito para driblarmos o problema ao invés de ouvirmos nosso Mestre. Traga a sua memória aquilo que te dá esperança, aquilo que te dá paz em meio à guerra; alimente-se das verdades e das promessas do nosso Mestre, pois o que hoje é dor amanhã nos deixará mais fortes e aptos para novos combates. Além de tudo, estaremos com uma experiência a mais em nossa vida, e isso significa que amanhã poderemos ajudar outros que passarão pelos mesmos problemas e frustrações. Nestes momentos iremos olhar para essas pessoas e dizer: “Olhe para as fotos; entre um momento ruim e outro vem sempre um bom momento para respirarmos”.Contudo, mais do que ouvir nosso Mestre, precisamos ter plena comunhão com Ele; ter um relacionamento firme, pois isso nos dará forças para passar pelas dores. Relacionamento firme é não buscá-Lo apenas nas dores, mas mesmo se assim for, buscando-O apenas nas dores, Ele é tão misericordioso que sana nossa dor, mesmo sabendo que depois nem olharemos mais para Ele.
Quando a dor, a tristeza, a depressão, a angústia... assolar nosso coração e se apoderar do nosso ser, vamos pegar nossos álbuns de fotos - da infância até agora - e perceberemos que, mesmo diante dos sofrimentos que já enfrentamos, conseguimos passar e aparecer nas fotos sorrindo, pois Ele de forma misteriosa nos faz superar o sofrimento com sua alegria que nos mantém de pé. Olhemos para Ele, deixando nosso coração sensível para um relacionamento íntimo e sincero com nosso Mestre e assim poderemos ouvir suas doces palavras: “Estou convosco todos os dias... neste mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo”. Os momentos difíceis nos fortalecem, portanto nos refugiemos nEle: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. Ele, por sua graça, sempre nos proporciona motivo de riso, mesmo que não haja motivos para sorrir, pois vivemos pela fé e não pelo que vemos.

NEle, que com toda sutileza e singeleza nos orienta e nos dá alegria que nos fortalece.
Um caminhante no Caminho.
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O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus!
Graça, bondade, paz, perdão e amor...
Que assim seja nosso caminhar!

domingo, 22 de abril de 2012

Comunhão para a vida


Na área de informática existem programas que são de acesso remoto. Com eles você controla o computador de qualquer amigo e até pode ajudá-lo a instalar algum programa para melhorar o desempenho do computador. Esse programa é bem interessante, pois enquanto estamos com cursor do nosso mouse parado (sem movimentá-lo), a outra pessoa, em qualquer lugar, faz o movimento. Parece algo fantasmagórico. Este exemplo citado é apenas uma espécie de metáfora para se remeter ao nosso relacionamento com Cristo. Deixemos, portanto, Cristo movimentar nosso mouse e nos reconfigurar; nos refazer e, se necessário for, nos formatar. “Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim...”. Muitas vezes é necessário instalar em nós o software do Espírito Santo, no intuito de ser o nosso “Help Desk”. Lembro-me quando trabalhava com telemarketing, assim que nosso computador dava qualquer problema ligávamos para o ramal do “Help Desk” (serviço de apoio a usuários para suporte e resolução de problemas técnicos; de informática; telefonia...). Deixemos Cristo solucionar nossos problemas. Se porventura não temos facilidade em perdoar, peçamos a Ele ajuda neste exercício fundamental da nossa caminhada de fé.
Ter comunhão ou intimidade com Jesus, como alguém que interage conosco e nós com Ele, como esse programa de acesso remoto, nos coloca diante de um espelho que mostra o tempo todo quem somos. Mostra que precisamos o tempo todo de ajuda para melhorar aqui e ali. Não nos aproveitemos da graça, da bondade e da misericórdia de Deus para vivermos uma vida de constantes quedas (pecados recorrentes). Ouvi uma frase do Samuel Andrade que elucida esta afirmativa: “A graça é para todos e não para tudo”! Viver uma vida de erro em erro, num ciclo vicioso de "eu peco e Jesus perdoa" e ainda tentar justificar isso dizendo: “Ah, mas eu sou salvo pela graça”. Isso na verdade é banalizar a graça, pois a graça do Pai traz consigo responsabilidade. O fato é que somos pecadores e o Pai nos ama, porém é preciso que lembremos que estamos em constante aperfeiçoamento (pelo menos esse é o ideal).
Precisamos aterrissar o avião da nossa existência nas mãos de Deus. Fazer como diz o salmista: descansar no Senhor (Sl 37). Confiar que Ele está no controle da nossa vida, mesmo quando não sabemos como agir, ainda que nos sobrevenha tamanha tristeza, angústia e dor. Se recebermos uma notícia ruim daquelas que voltaríamos ao passado para reverter, mesmo assim precisamos confiar que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus. Policarpo de Esmirna certa vez disse: “Jesus nunca me desamparou, eu também não o abandonarei” (quando persuadiram-no a negar a fé em Cristo). Quando conhecemos a Deus não apenas de ouvir falar, mas de andar com Ele, ainda que o vento esteja contrário, nEle confiarei, e se todos nos desampararem, Ele nunca nos desampara. Então, em momentos difíceis, valorizemos ainda mais a presença de Cristo em nós, refletindo e procurando aprender com o momento. Todavia, muitas vezes, queremos Deus como nosso servo, girando na órbita da nossa vida, fazendo em todo tempo nossos desejos. Porém, o que Ele tem para nós é mais elevado, não podemos alcançar. Por isso confiemos e descansemos em Sua vontade.
A vida só é bem vivida, quando vivemos em Deus para o próximo. Diz um ditado popular: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Quando deixamos o Senhor tomar conta de nossa vida, e procuramos pôr em prática o que Ele nos ensinou com a Sua própria existência, o que logo aparece em nós e através de nós é o amor. Amor este no qual fomos alcançados por Ele e para Ele. Muitos procuram “cavar” as Escrituras para se isentar da prática desse amor com que Ele nos amou. Precisamos parar de cavar para sermos cavados pela Palavra. E quando isso acontece em nós, se inicia um processo de retirada de muito entulho que estava apenas deixando a nossa vida mais pesada. Deixemos o que nos deixa pesados e passemos a caminhar com leveza, pois o fardo é leve. Portanto, deixemos Ele no controle da nossa vida e Ele saberá organizar nosso ser. Sendo assim, quando chegar o momento difícil, saberemos nos portar com total confiança, e quando vier a raiva vingativa e o sentimento de justiça própria, que transbordemos de amor, para espalharmos a mesma graça que, um dia, nos alcançou. Afinal de contas, o Evangelho deve ser vida e não apenas palavras.

NEle que quando governa não faz imposições, mas com amor nos direciona cada vez mais para o Seu amor.

Um caminhante no Caminho.
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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Relacionar com a Escritura, ou com a Palavra?


UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Ontem fui a uma livraria evangélica para ver algumas novidades. Como sempre, vi um pequeno grupo de teólogos debatendo as Escrituras. Impressionante como existem pessoas que se preocupam em debater e defender às Escrituras, ou tecer suas opiniões sobre as elas. Crê-se que as Escrituras são verdade de Deus para humanidade. Sendo assim, não precisamos defender o que de fato e de direito é verdade. Verdade apenas se expõe. Muitos estudam apenas para serem vistos como os “tops do conhecimento”, por pura vaidade e soberba. Estuda-se mais as Escrituras para debater do que para se viver.
Alguns até chegam a venerar o livro, as Sagradas Escrituras. Porém a bíblia é um livro. Como livro, pode ter suas páginas riscadas com palavras de baixo calão; pode-se usar as páginas para fazer um cigarro de maconha; pode-se rasgar. Enfim, a bíblia é um livro como qualquer outro, quando fechado ou lido displicentemente.Todavia, quando passamos a ler e praticá-la temos o real encontro com a Palavra (Jesus). “No princípio era a Palavra...” – João 1:1. Jesus é a Palavra de Deus para humanidade, a Boa Notícia que nos traz salvação. A Boa Nova que Ele nos ama mesmo sem amá-lo. No entanto, parece que procuramos nos relacionar muito mais com o livro, com as Escrituras, do que com a Palavra. Com isto, teorias e mais teorias nascem, pois a relação com as Escrituras é mais forte do que com a Palavra.
Quanto mais ênfase às letras, mais distantes da graça e do amor estamos, pois o que de fato acontece é separação ao invés de ajuntamento. "Eu sou reformado"; "eu sou pentecostal", "eu sou...". Perceba que não estou fazendo apologia a nenhuma corrente teológica, até porque precisamos rever nossos conceitos de seguir à paz com todos, amar uns aos outros, ser reconhecidos pelo amor de Deus em nós e através de nós. O Evangelho deve nos unir e não nos separar!
Procuremos conhecer mais a Palavra das Escrituras; ter intimidade com o Seu autor. Do contrário, prenderemos Cristo na masmorra da exegese e hermenêutica. A graça será como uma foto em preto e branco, já amarelada e esquecida no álbum da religião. Cristo não tinha argumentos religiosos, Ele falava Boas Novas do Reino!
Cristo é a Palavra; a Escritura é só um livro, e Jesus Cristo é uma pessoa - e não um objeto religioso e nem um amuleto -. Tratar a Palavra como uma pessoa e manter um relacionamento deve ser prioridade em nossa caminhada como discípulos do Mestre. Eu e você somos pessoas, e não gostamos quando alguém se aproxima de nós apenas por interesse. Pessoas aproveitadoras, que se chegam a nós apenas com a intenção de ganhar algo, quando ganham se esquecem de nós e só reaparecem quando precisarem de novo. Muitas vezes agimos assim com o Senhor. Quando as coisas apertam e a crise chega, começamos a orar "sem cessar", lemos diversos capítulos da bíblia; louvamos até um hinário completo. Porém, quando recebemos, não agradecemos. Ler a bíblia em nossa devocional? Nem pensar! Pegamos na bíblia algumas vezes quando vamos à comunidade. Louvar a Deus? Nem sabemos mais o que é isso (se é que algum dia soubemos e fizemos), pois tudo que fizemos foi apenas uma troca, uma barganha.
Relacionar com a Palavra e não com a Escritura, é ter comunhão com o autor através de uma leitura diária da bíblia, visando aplicar o texto ao dia a dia. Enquanto a Escritura for apenas letras e intelectualidade para nós, não transmitiremos vida por meio de nós. O Evangelho precisa ser vida e parar de ser meras palavrinhas soltas, em um sistema teológico apologético. Seria tão bom se lêssemos a bíblia e visualizássemos a imagem do que lemos! Porém, melhor seria se fôssemos como as antigas câmeras polaroides, que tiravam fotos e revelavam na hora. Precisamos ser polaroides das Boas Novas, revelando para o mundo a imensa bondade e misericórdia do Senhor.
Portanto, meus amigos, leiamos diariamente a bíblia, mas buscando relacionar-se com o Senhor, com a Palavra. Não moldando as Escrituras ao que queremos defender.
Tenhamos o cuidado para não transformar um livro, que foi feito para trazer vida, em ferramenta de morte!

NEle que é a Palavra viva e revelada para os homens, entre os homens, porque deseja relacionar-se com os homens pecadores.
Daniel Lima
Um caminhante no Caminho
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Salvos pela Graça...
Unidos pela Bondade e Misericórdia...
Chamados para Servir...
Marcados pelo Amor...
Que seja assim a nossa caminhada,

Vivendo o Evangelho no Caminho!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jesus de perto ou de longe?

UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Que tipo de relacionamento está desenvolvendo com Cristo? Será que nosso relacionamento com Ele é apenas o que sabemos por líderes, ou por confissões e catecismos?
Se Cristo realmente é uma pessoa, e se de fato vemos desta maneira, precisamos desenvolver um relacionamento com Ele. Devemos parar de falar apenas de Jesus pelo que sabemos de outros. Está na hora de falarmos de Jesus não como alguém que está longe, ou como alguém que pode se relacionar com qualquer um, menos conosco, porque não somos dignos. Se analisarmos e encararmos de fato a realidade que somos pecadores, perceberemos que não há ninguém digno, porém através da graça de Deus podemos desfrutar de Sua presença. Não porque apenas procuramos, mas sim, porque Ele se deixa ser achado. Cristo está o tempo todo ao nosso lado, nós é que não percebemos. E quando pararmos para lhe ver e silenciarmos os barulhos internos que levamos (dívidas, problemas, crises...) aí veremos que Ele nunca saiu de lá. Cristo nos olhará nos olhos, sorrirá com ternura e dirá: Eu sempre estive aqui e você nunca percebeu, mas nunca desisti de você!
         É tempo de pararmos de fundamentar nossa comunhão com Deus apenas no que dizem. Jesus Cristo precisa parar de ser apenas uma palavra que falamos em momentos difíceis e tornar-se vida em nós e através de nós. Não adianta está no livro chamado bíblia, no catecismo, ou em qualquer outro lugar se Ele não estiver em nosso coração. Precisa está em nosso coração ao ponto de se tornar verdade em nossas atitudes. Se não externarmos as letras do livro, nada adianta. Não adianta conhecer o grego, hebraico, aramaico e latim e ver em escritos sagrados que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo. Precisamos constatar isso através de um relacionamento íntimo e sincero com Ele; deixar de nos escondermos e abrir nosso coração, reconhecendo nossas fraquezas e deixando de ser hipócritas.
Sejamos sinceros diante dEle e digamos a verdade, não maquiada, mas real. Lembre-se: Ele nos conhece muito bem, sabe o que se passa no nosso interior, mas deseja nos ouvir.

Não adianta ler a bíblia toda em um ano se isso é feito apenas como um ritual, ou apenas como desafio. Precisamos ler, mas sentir que as palavras do Evangelho de Cristo são Verdade e Vida. Se deixarmos o Evangelho ser em nós e através de nós Verdade e Vida, de imediato deixaremos de condenar e julgar. Quando um irmão cair na sua fraqueza, lembraremos que também temos a nossa, mesmo que seja diferente, mas diante do nosso Pai é fraqueza do mesmo jeito. Um bom exemplo: digamos que nossas fraquezas fossem como tiros, então cada vez que cairmos levamos um tiro e o calibre é conforme em que ou no que caimos. Será que podemos chegar à igreja e dizer: meus irmãos peço que orem por mim, porque levei um tiro de trinta e oito? Pois, sendo assim, em seguida outro irmão se levanta também e diz: também peço oração, pois levei um tiro de doze; e outro extremamente desesperado diz: orem por mim, olha meu estado, levei um tiro de fuzil!!!
Que Deus nos ajude a não julgarmos nossos irmãos dizendo: sim, e o que você estava fazendo quando levou esse tiro? Será que você não mereceu? Que ao invés disso digamos: Irmão toma aqui um colete do meu amor que também recebi de Cristo, para que, também, você se proteja. Se agíssemos assim, evitaríamos que alguns irmãos nossos morressem. Quando deixarmos de falar do Jesus que estamos ouvindo, ou lendo e passarmos a falar do Jesus que conhecemos, que nos envolve em seu amor que é rico em misericórdia, melhoraremos o nosso tratamento com nossos semelhantes.

Parece até que Jesus se fragmentou e caiu em cada grupo religioso que acabou montando um Jesus “robocop”a partir do seu fragmento. Tem o Jesus que vive em uma constante e incansável batalha com o diabo. O Jesus carrasco que se alegra com tua dor e se pecar, Ele já coloca no leito. O Jesus que você tem que gritar para Ele ouvir. O Jesus que muda a cada novo mover e nova unção. Enfim, se continuarmos assim iremos fazer uma enorme lista e como este não é nosso propósito, pararemos por aqui. O fato é que não precisamos de fragmentos de Jesus e sim vê-lo como uma pessoa e como pessoa nos relacionarmos com Ele através da oração (como foi falada anteriormente no grito do desesperado – não pode ser apenas praticada nos momentos difíceis e não precisa necessariamente ser bem extensa, grande, para ser atendida, mas sim sincera). Precisamos ouvir Sua voz através do Evangelho e também no nosso íntimo.

Falar do Jesus que conhecemos é muito mais fácil do que falar do Jesus que apenas ouvimos e lemos. E falaremos como Jó antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora de contigo andar”. Enquanto temos teoria, falaremos como quem contempla; falaremos apenas de um Jesus longe, preso nas letras, exegese e hermenêutica. Mas quando conhecemos a Cristo no dia a dia da vida falaremos dEle sem seguir uma sequência de tópicos e regras, porém cheios de Vida e Verdade, com toda clareza, pureza e simplicidade. Quem é Jesus pra você? Um ícone? Um homem que fez história? Um revolucionário? Ou seu amigo, protetor, provedor e salvador? Pense nisso, porém não passe muito tempo pensando. Viva, sinta e compartilhe.


NEle que é Vida para ser vivida no dia a dia e não apenas estudada, analisada e argumentada.

Daniel Lima
                    
Um caminhante no Caminho

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Vivendo o Evangelho no Caminho!

sábado, 7 de abril de 2012

O grito do desesperado!

UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Parece que apenas os desesperados oram, pois só quando as coisas apertam procuramos orar. Quando se fala em oração, apenas diz que é uma arma espiritual; outros ainda cometem o cúmulo de fazer oração contrária. Também há quem faça da oração uma espécie de mecanismo para receber bênçãos, ou ainda como uma espécie de lâmpada mágica, em que passamos as mãos e pronto: seu desejo está concedido! Estão querendo fazer da oração até mesmo confissão positiva: "pense positivamente hoje e o teu milagre vai chegar".

Charles Spurgeon certa vez disse o seguinte:A oração não nos prepara para grandes obras. Ela é a maior de todas as obras”. De fato a oração é a maior obra, pois através dela podemos conversar com Deus na certeza de que Ele está nos ouvindo. A oração não é uma preparação para grandes bênçãos, ela deve ser a bênção para preparação de nossa vida em Cristo, com Cristo e para Cristo.

Precisamos entender que oração não é uma espécie de 190 para você discar em caso de emergência. Oração é diálogo, intimidade e comunhão. Logo, sendo a oração um diálogo, precisamos conversar e não apenas fazer uma série de petições, sendo verdadeiros “pedintes espirituais”. Dialogar, como foi dito, é conversar; e também ouvir, senão vira monólogo. Se entendemos que Deus é uma pessoa, então iremos passar mais tempo com Ele, nosso amigo fiel que nunca nos abandona, ainda que todos nos deixem, Ele nunca nos deixará.

Orar não é só para momentos difíceis, mas, se estivermos passando por tais momentos, é bom saber que podemos orar. Se não confiamos em ninguém para falar algo e queremos desabafar, nEle podemos confiar. Também vale salientar que não é pelo muito falar/repetir que se obterá a resposta. Pedro fez uma oração bem curta, mas bem objetiva, e logo obteve a resposta: Senhor, salva-me!”- Mateus 14:30. Seja sincero diante de Deus, abra seu coração e conte para Ele todo seu problema, dor, frustração, incerteza, alegria, gratidão... Orar é conversar. Não é pelo muito falar, ou pela eloquência que se tem resposta, mas sim a sinceridade de coração.

Finalizo com as palavras de Paul Miller que, acerca da oração, disse:

Não fique atrás de sentimentos na oração. Bem lá no fundo, queremos ter uma experiência com Deus ou uma experiência de oração. Mas quando fazemos disso nossa busca, nos distanciamos de Deus. Não devemos experimentar Deus, mas sim conhecê-lo. E nos submeter a ele. Usufruir sua presença. Afinal, Deus é uma pessoa”.

(Livro: “O poder de uma vida de oração”)

Não deixe para orar nos momentos difíceis. Tenha uma vida de oração e, quando estiver vivendo às dificuldades, você estará com forças suficientes para vencer. Orar nunca é demais e só faz bem!


NEle, que deseja que sejamos seus amigos e dialoguemos com Ele... com sinceridade de coração.

Daniel Lima
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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Paixão de Cristo...

UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Esses dias estava pensando em crianças foi provocado a pensar depois de quarta-feira quando um amigo disse que estava aprendendo a orar com as crianças, daí então comecei a observar o comportamento delas, a sinceridade e a confiança cega que elas demonstram. Quem andou, ou anda com uma criança no carro e prometeu levá-la ao parque, por exemplo, sabe que após alguns minutos certamente a criança irá perguntar: “a gente tá chegando?” ou “a gente já chegou?”. Se tivéssemos a simplicidade, sinceridade e confiança como a de uma criança com certeza caminharíamos melhor e mais leves rumo a cruz de Cristo.
Nesse período de semana santa para alguns é um momento de grande devoção, reflexão, para outros é só um bom feriado para se estar com a família e em família. Comer e dar ovos de chocolates, leva a alegria para muitos para outros, porém para outros parece levar triste por não ser o que queriam. Os filmes e teatros da paixão de Cristo nesta época ganha tanta ênfase, alguns até choram em ver tamanha crueldade que Jesus suportou. Faz alguns dias que estamos em nossa jornada rumo à cruz, e será que como as crianças ansiosas em chegar ao lugar tão desejado poderíamos perguntar: “a gente está chegando?”. Chegando mais perto da cruz com a consciência de que somos culpados de sua morte e que através de sua morte fomos perdoados.
Como caminhantes nessa longa estrada da vida, por causa dos nossos pecados ficamos cansados, sedentos e fracos, clamando a Deus por ajuda e achando que nunca “chegaremos lá”. Mas será que somos tão maus assim, que Cristo precisou morrer para nos salvar? Sim, de fato somos e precisamos que Deus renove as nossas forças, que perdoe os nossos pecados e nos dê ânimo e alegria para caminharmos em frente na vida, o seguindo no Caminho.
Portanto, meu amigo, não desista! Nós estamos quase lá. Lembrar a morte de Cristo, e celebrar a sua ressurreição. Só assim podemos ter o nosso vigor renovado pela alegria da salvação. Porém, não basta apenas lembrar, é preciso ter a consciência de que Ele não nos deixou sozinhos, mas que está conosco em todo momento. Sigamos a Cristo e peçamos para que Ele abra os nossos olhos para que possamos ver que Ele não está morto e também que Ele não nos deixou sozinhos, mas caminha conosco, nos fortalecendo e revigorando. Esse é o período da paixão de Cristo, época que Ele demonstrou tanto amor por cada um de nós, mas e nós temos retribuído esse amor? A paixão de Cristo requer um compromisso de nossa parte também, a decisão de segui-lo e não apenas lembrarmos dEle no período da páscoa.

NEle que com grande amor a sua vida não poupou para nos livrar do mal e nos dá vida.
Daniel Lima
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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quarto de entulhos

UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Em toda casa, ou apartamento tem um quartinho chamado quarto da bagunça. Em meio aos entulhos ficam, brinquedos das crianças, às vezes tem ferramentas, livros... Geralmente nesse quarto guardamos até coisas que nem sequer usamos e fica ali apenas ocupando espaço. O quarto da bagunça é o lugar onde não levamos as visitas, pelo contrário, deixamos a porta trancada para ninguém sequer olhar para ele.
A nossa vida também tem um quarto de entulhos! Existem coisas no nosso ser que guardamos debaixo de sete chaves para ninguém saber. Neste quartinho da bagunça do nosso ser existem coisas que não falamos para ninguém, porque se souberem podem mudar o tratamento conosco. Fatos ocorridos no passado que nos apegamos a ele e vamos apenas entulhando mais e mais coisas no nosso ser. Há momentos em nossas vidas que nos deparamos com nossa vida tão bagunçada que dizemos: “Não sei nem por onde começar”. Aí, vem uma resposta bem óbvia, que tal começar pelo início. Sendo assim é sempre bom, parar, pensar e refletir desde quando nossa vida tem andado com este quarto bagunçado. Organize essa casa que é você, não espere alguém para organizá-la, comece a fazer isso agora mesmo.
Somos casa, somos morada. Porém, estamos sendo isso para Jesus? Se estivermos sendo realmente a casa do Senhor, Ele tem a liberdade de entrar e ver todos os quartos da nossa vida, ou existe algum que fechamos a porta? Quantas vezes andamos ansiosos, preocupados com coisas desnecessárias que acabam gerando em nós um estresse muitas vezes incontrolável. Deixemos esses entulhos, ou melhor, entreguemos esses pesos desnecessários ao Senhor. Foi Ele mesmo quem disse: “Vinde a mim, todos que estás cansados e sobrecarregados”. Entregue todo seu ser, tudo que você foi, é e será nas mãos do Senhor. Não entregue apenas os pedaços do seu ser. Se na caminhada da vida você perder alguma coisa, pode ter certeza são pesos mortos, são apenas entulhos que estão saindo desse quartinho que ninguém pode ver, mas Ele o nosso Big Brother vê tudo e todas as coisas no passado, presente ou futuro.
Portanto, meu amigo, arrume sua casa e deixe o Senhor ajudá-lo a arrumar, pois àquelas partes que você não conseguir arrumar, Ele consegue! Aí todos verão o quanto a sua casa está arrumada, exalando o perfume de Cristo.

NEle que não quer apenas os pedaços do nosso ser, mas sim todo nosso ser.
Daniel Lima
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Estação amor, destino novo viver.

UM CAMINHANTE NO CAMINHO DIZ: Um alvoroço rompe a silenciosa noite, onde a maior parte da população dorme. Daí ecoa nas ruas berros, gritos e a vizinhança acorda assustada abrindo janelas e portas bem devagar. Todos correm para a casa de onde sai o barulho da confusão e veem um homem espancando a sua mulher que dizia tanto amar. Daí, logo vem a dúvida parar ou não e briga de marido e mulher, mas a mulher grita clamando socorro. Os vizinhos entram da briga e dominam o marido irado, perguntam o marido o por que de tamanha brutalidade e o marido logo diz: “acho que minha esposa está me traindo”. O marido está convencido de que o dom mais belo, precioso e desejado que uma pessoa possa oferecer e ter foi violado, o seu amor foi traído. Então, alguns daqueles vizinhos já começam a dizer: “Ela tem mesmo é que apanhar, enquanto ele trabalha ela está chifrando ele”. Outro diz: “Se fosse comigo eu traia ela e em nossa cama”. Isso que você acabou de ler, lamentavelmente, tem acontecido em muitas localidades em nossos dias. Diante da infidelidade conjugal as pessoas frequentemente reagem com emoções intensas, o que pode ocasionar em violência e até mesmo homicídio. E os que ficam de fora uns são contra a essa monstruosidade, porém outros concordam (graças a Deus existe a lei Maria da Penha).
O amor hoje em dia se transformou apenas numa palavra bonita, tão bem analisada por poetas. Amor atualmente parece que só serve para conquistar. Um rapaz gosta de uma moça aí para conquistá-la ele diz: “eu te amo”, mesmo sem sentir nada querendo apenas usá-la como um objeto e nada mais.
Amor pelo semelhante então, nem em palavras. Constantemente nos horários de qualquer repórter policial pessoas fazem o seguinte comentário: “Um a menos no mundo, gente ruim tem que morrer mesmo” (esse é o comentário mais leve que se pode ouvir).
Amor animais para que, nem crime é. Certa vez vi um grupo de jovens em festa junina pegarem um gato amarrar um rojão em sua calda acender e soltá-lo, daí nem preciso prosseguir com essa barbaridade.
Nosso desafio diário é manifestar amor através de palavras, atos, olhares e expressões. Como Paulo fala aos romanos “O amor seja sem hipocrisia”, ou como diz a expressão da bíblia em linguagem contemporânea: “Amem de verdade, não de maneira fingida” (Rm 12:9).
Amar hoje em dia está vinculado a troca, nas redes sociais a seguinte expressão: “De hoje em diante só vou amar quem me ama”. C.S. Lewis em seu livro “Os quatro amores” diz:
“‘Deus é amor’, diz São João. Em minha primeira tentativa de escrever este livro, eu pensava que essa máxima seria para mim um critério bastante seguro de abordagem do assunto. Imaginava poder dizer que os amores humanos só mereciam ser chamados de amores em algum sentido na medida exata em que se parecessem com o Amor que é Deus” (o sublinhado é para destacar e não está assim no livro).
O amor deveria ser chamado de amor apenas quando se parecesse com o amor de Deus, sem impor condições para amar, amando até mesmo aquele que ver nosso fracasso. Jesus mesmo nos ensinou dizendo: ”Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13:34), “amem-se uns aos outros como eu os amei”  (Jo 15:12).
Meus amigos todas estas estações só são possíveis se houver amor, se estivermos no amor que é Deus, pois não há reflexão de rever nossos conceitos e recomeçarmos se não amarmos. Quem tem amor é grato, pois tudo emana graça, paz e bondade. Ao amar conseguimos repousar nas mãos de Deus com nossa mente tranquila e confiante. Uma pessoa cheia de amor no coração não guarda ressentimentos, pois seu ser está cheio do amor incondicional de Deus, portanto ela sempre perdoa.
No antigo testamento já vemos tal demonstração de amor, no livro do profeta Jeremias capítulo trinta e um versículo três diz: “O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: ‘Eu amei com amor eterno; com amor leal a atraí”. Na época em que predominava a lei Deus disse para Israel que o amava com um amor infinito, extremamente duradouro, um amor sem começo e sem fim (amor eterno). E é com esse grande amor que Ele também ama o mundo (toda humanidade): “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Agora pense comigo, se o amor de Deus dependesse de nós o do nosso amor, será que seríamos amados assim como Ele nos ama? O amor de Deus não depende de nada, e se depender é apenas dEle mesmo! Deus é amor e vive em Si mesmo um grande mistério de comunhão pessoal de amor. Quando percebemos e vivemos isso nos sentimos mais livres, em harmonia, equilíbrio e felicidade.
Quem é pai ou mãe, ama seu filho apenas porque é seu filho, é com esta mesma ternura que Deus o Pai nos ama, como filhos. Deus ama a cada um de nós de uma maneira tão especial que se eu ou você fossemos a unida pessoa no universo, Deus não nos amaria mais do que Ele já nos ama. Deus ama a todos e não alguns! E Ele não nos impõe nenhuma condição para amá-lo, Ele nos ama como estamos neste exato momento. Por isso, para Ele não importa o passado: vícios, defeitos, pecados... Deus nos ama da mesma maneira como disse acima, porque o seu amor é eterno. Entenda uma coisa, nada que possamos fazer irá diminuir o amor de Deus por nós, nem mesmo o que já fizemos. Deus pode até não amar o que você está fazendo, mas o amor dele por você não tem fim. Como disse Brennan Manning: “Largue sua carga e construa sua vida sobre o amor de Deus”.
Portanto, meus amigos, vamos como diz a canção, voltar ao início de tudo e encontrar o verdadeiro amor, voltar ao primeiro amor, voltar a Deus. Se não experimentarmos o amor de Deus, nunca iremos amar os nossos semelhantes.
NEle que é a encarnação do amor por todos nós, para que manifestemos esse amor por onde passarmos.
Daniel Lima
Um caminhante no Caminho
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Salvos pela Graça...
Unidos pela Bondade e Misericórdia...
Chamados para Servir...
Marcados pelo Amor...
Que seja assim a nossa caminhada,
Vivendo o Evangelho no Caminho!

Países que passaram e passam por aqui!

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